Título en inglés: Hipertrophic cardiomyopathy in the elderly: clinical and evolutive data.
Título original: Cardiomiopatia hipertrófica em gerontos: dados clínicos e evolutivos.
Neste trabalho foram estudados 19 pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica com idade média de 69 anos (12 homens e 7 mulheres), 17 dos quais (95%) com forma obstrutiva. Todos foram submetidos à avaliaçäo clínica, eletro e ecodopplercardiográfica. Eletrocardiografia contínua foi realizada em 16 casos e estudo hemodinâmico e angiocardiográfico em 9. Dos 18 pacientes vivos, 9 estäo recebendo bloqueadores beta - adrenérgticos, 8 bloqueadores dos canais de cálcioe 5 amiodarona. O seguimento médio foi de 98 meses. Quatorze pacientes (73%) estäo em classe funcional (CF) I e 4 (21%) em CFII. Ocorreu apenas um óbito (5%). O eletrocardiograma estava alterado em todos os pacientes, tendo sido observada SVE em 94%, índice acima do descrito na literatura. Ao estudo ecodopplercardiográfico observamos calcificaçäo do anel mitral em 26% dos pacientes, abaixo do referido na literatura. Espessamento dos folhetos da valva aórtica foi encontrado em 31% dos casos, o que näo tem sido descrito. Arritmia supra-ventricular foi observada em 87% e ventricular em 100%, sendo taquicardia ventricular näo-sustentada (TVNS) em 31%, acima da média da literatura. Concluímos que cardiomiopatia hipertrófica em gerontes näo é infreqüente e que seu diagnóstico, hoje em dia, é facilitado pela ecodopplercardiografia. A elevada incidência de arritmias complexas näo parece ter relaçäo com a morte súbita (AU)..